sábado, 19 de abril de 2014

Pudor forçado - "Em Citânia: tem mini-saia - é uma rapariga leviana"

O Baloiço - Jean Honoré Fragonard
A mulher, principalmente, está sempre a sofrer preconceitos quanto à quantidade de pele que mostra. É uma situação a que todas as mulheres já estão habituadas, sendo a comparação feminilidade - sensualidade tão usual. O que me intriga realmente é o facto de, ao todos admitirmos que a mulher transmite sensualidade através das suas formas, aceitamos mais facilmente que se use uma peça reveladora de formas do que uma peça reveladora de pele.
É este pudor em relação à mostra de pele que me intriga. No Vaticano, uma mulher que use uns calções largos um pouco acima do joelho não passa da entrada, enquanto que uma mulher com umas leggings a servirem de calças é aceite sem problemas. Mais estranho ainda é de seguida passarmos por uma mulher que dentro da Basílica tem todo o conforto em exibir a sua blusa transparente. Neste caso a teoria da mostra de pele perde totalmente o sentido.
O pudor forçado já não é uma questão de mostrar ou não o corpo. Já faz parte das culturas abordar o decoro como cobrir o corpo com um tecido, sem que isso signifique não estar a "mostrar tudo".

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